terça-feira, 29 de maio de 2007

Mulher
Estava lá. Soberba e sozinha. Mesmo depois curva, a descer a rua para o início do texto. Trazia os pés no chão à velocidade destes dedos nestas teclas. Vinha com saudade. Chegava com a visão turva e lágrimas felizes no rosto. Trazia os braços com vontade de apertar. Assim, à espera de quem chega. Nessa ansiedade de trazer por casa. A minutos de um pranto familiar. E trás os pés no chão, descalços, a uma velocidade agora insuportável para estas mãos netas teclas. Chega. Abraça como se abraçasse a vida. Abraça como se abraçasse as útlimas linhas de um último texto. Não fica à espera de um beijo. Dá. E escreve uma daquelas história com para sempre antes do ponto final.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Serenidade

"a capacidade de viver em paz com os problemas não resolvidos.
aceitar as coisas que não podemos modificar."

No fim, o recurso de um céptico, a frases de uma oração. Não é isto um recurso de arrependimento para terminar em paz. É a aceitação livre e incondicional da diferença.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Fumar mata? OK, está bem, mas viver também

E porque não, my fellow bloggers, uma adenda ao texto da lei? Uma linha sucinta, escrita assim: os não fumadores vão viver para sempre.
Até lá: já começou o processo de beatificação dos deputados portugueses, pelo mais do que previsível aumento da esperança de vida de todos os cidadãos. Nesta altura, há apenas um factor que pode levar a uma resposta negativa por parte do Vaticano. O cardeal de Lisboa, fumador convicto, já telefonou a Bento XVI a recomendar a nega.
Entretanto, e com a nova proibição do tabaco, o INE já foi para a estrada - conferir dados - e para o laboratório - misturar cientificamente a recolha. Resultado: com a nova medida anti-tabaco, a esperança média de vida dos portugueses aumentou para os 174 anos.
Ao saber destes dados ultra-secretos, o primeiro-ministro terá proposto um conselho de ministros extraordinário. Objectivo? Liberalizar ao fumo todos os espaços fechados, excepto o seu próprio gabinete e a sua própria casa. Mas isso ninguém precisa de saber.
[termina o post e faço uma pausa para um cigarro. No dia em que for incomodado enquanto estiver a fumar a resposta há-de ser só esta e em forma de interjeição: e SFC o C?]
I can see dead people,
But I dont want to