segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

terça-feira, 29 de maio de 2007

Mulher
Estava lá. Soberba e sozinha. Mesmo depois curva, a descer a rua para o início do texto. Trazia os pés no chão à velocidade destes dedos nestas teclas. Vinha com saudade. Chegava com a visão turva e lágrimas felizes no rosto. Trazia os braços com vontade de apertar. Assim, à espera de quem chega. Nessa ansiedade de trazer por casa. A minutos de um pranto familiar. E trás os pés no chão, descalços, a uma velocidade agora insuportável para estas mãos netas teclas. Chega. Abraça como se abraçasse a vida. Abraça como se abraçasse as útlimas linhas de um último texto. Não fica à espera de um beijo. Dá. E escreve uma daquelas história com para sempre antes do ponto final.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Serenidade

"a capacidade de viver em paz com os problemas não resolvidos.
aceitar as coisas que não podemos modificar."

No fim, o recurso de um céptico, a frases de uma oração. Não é isto um recurso de arrependimento para terminar em paz. É a aceitação livre e incondicional da diferença.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Fumar mata? OK, está bem, mas viver também

E porque não, my fellow bloggers, uma adenda ao texto da lei? Uma linha sucinta, escrita assim: os não fumadores vão viver para sempre.
Até lá: já começou o processo de beatificação dos deputados portugueses, pelo mais do que previsível aumento da esperança de vida de todos os cidadãos. Nesta altura, há apenas um factor que pode levar a uma resposta negativa por parte do Vaticano. O cardeal de Lisboa, fumador convicto, já telefonou a Bento XVI a recomendar a nega.
Entretanto, e com a nova proibição do tabaco, o INE já foi para a estrada - conferir dados - e para o laboratório - misturar cientificamente a recolha. Resultado: com a nova medida anti-tabaco, a esperança média de vida dos portugueses aumentou para os 174 anos.
Ao saber destes dados ultra-secretos, o primeiro-ministro terá proposto um conselho de ministros extraordinário. Objectivo? Liberalizar ao fumo todos os espaços fechados, excepto o seu próprio gabinete e a sua própria casa. Mas isso ninguém precisa de saber.
[termina o post e faço uma pausa para um cigarro. No dia em que for incomodado enquanto estiver a fumar a resposta há-de ser só esta e em forma de interjeição: e SFC o C?]
I can see dead people,
But I dont want to

sábado, 28 de abril de 2007

Palavras que te digo
Por ti, espero a vida inteira. Mas não venhas depois das 9.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

re-post
Obituário
Liberdade de Expressão (1974-2007) A juventude da senhora não indicia por si só a evidência de um cadáver bonito. Atravessava a rua como num outro dia qualquer. Morreu numa agonia lenta. Atropelada vezes sem conta por senhores desgovernados, da esquerda e da direita. Aguentou choques sem fim, gritou, esperneou e morreu em silêncio.
Deixou isto escrito para o dia da morte: "No dia da minha morte chorem os valentes, todas as lágrimas do mundo, sobre o riso dos cobardes. O mais destemido que leve as minhas cinzas à latitude mais alta do nosso mar. E que me atire de encontro à força do vento norte numa hora de maré baixa. É forma de ir embora sem sair daqui".

terça-feira, 24 de abril de 2007

Os homens não se querem bonitos




Etienne Daho & Charlotte Gainsbourg, If

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O Problema do Benfica; um dos - Ter estado em várias frentes sem nunca ter estado à frente de nada.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Dicionário da desfaçatez -
Lapso:
ser grisalho; silêncio;

sábado, 7 de abril de 2007

Certeza absoluta: uma das poucas e no condicional. Se não houvesse mulheres no mundo, também não existiria a palavra beleza. Nem sinónimos.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Menção Honrosa Este blogue, que nem sempre tem tempo para acompanhar os dias, agradece o destaque de um sítio bom de ver e ouvir.
Planeta Google Um novo mundo no século XXI. O sexo é lá referido 51 milhões de vezes, deus 27, homem 18, mulher 17. 11 milhões para futebol, 336 milhões para casa, 203 para vida, 44 para morte. 26 milhões para democracia, quase 2 milhões para ditadura. 52 milhões para trabalho, 3 para desemprego, 29 milhões para escola, 13 para férias. 90 milhões de referências a água, 4 a vinho. 30 milhões a comer, 8 a beber. 293 milhões de referências a Portugal, 144 para campo e uma imensidão para mar: 1.600.000.000.
É assim no planeta Google, um pouco à imagem da Terra.

terça-feira, 27 de março de 2007

segunda-feira, 26 de março de 2007

Jovem, tens 18 anos a quarta classe, vês em ti uma tendência para torturar ou silenciar, gostas de mandar em gente pobre, de ter um povo sem possibilidade de ir à escola, gostas de fazer desaparecer pessoas ou até mesmo de assassiná-las? Não percas tempo: segue a via política, cria a tua própria ditadura e quem sabe um dia, muitos anos após a tua morte, uma corte de gente estúpida te dê o título de maior português de sempre.

domingo, 25 de março de 2007

Com 5 anos de atraso.
O título é inteiramente dedicado a Ricardo Quaresma. Ao melhor golo que alguma vez vi ser marcado por um jogador com a nossa camisola das quinas. Os cinco anos de atraso referem-se à injustificada e estranha ausência da selecção portuguesa. António Boronha já explicou em 14 de Maio de 2006 o porquê da não convocação de Ricardo Quaresma para o Mundial de 2002. Ainda ninguém explicou a ausência no Euro 2004 e no Mundial 2006. Tenho para mim que: a F.P.F. deve dois mundiais e um campeonato da europa ao jogador a quem um dia Läzlo Bolöni chamou de Mustang. Ele continua um "puro sangue", ao fim de todos estes anos.
PS: temo também que RQ possa ter sido maior erro de gestão da história do Barcelona desde Maradona

sexta-feira, 23 de março de 2007

La beauté d´une femme laide*. A vida para lá do rosto. Uma descoberta sucessivamente incompleta. A perfeição num corpo escondido. O talento guardado. A partilha. Cedência. Dor. Frida.
*A beleza de uma mulher feia.